A exodontia foi a primeira especialidade exercida pelos primeiros estudiosos que se arriscavam na, ainda desconhecida, odontologia. Conhecida como extração de dente, é um dos processos cirúrgicos mais antigos da história da humanidade.
Apesar de todo o desenvolvimento tecnológico, ainda é um dos procedimentos mais temidos pelos os pacientes em geral. Ao contrário do que muitos pensam, a exodontia é muita mais simples (e menos dolorosa) do que parece.
Por que alguns dentes devem ser extraídos?
Os dentes podem ser extraídos por diversos motivos, desde infecções até por questões genéticas. A seguir, vamos citar os motivos que mais assolam nossos pacientes:
Dentes do Siso
Mais conhecidos como os “terceiros molares”, são – geralmente – os últimos dentes a nascer. Esse fator de extração está intimamente ligado a questões genéticas.
É recomendado a extração do siso quando:
- não nasce por estar mal posicionado na arcada dentária;
- ele não tem uma posição correta;
- quando não há espaço suficiente na boca.
Outro caso importante, é quando esse dente nasce parcialmente, favorecendo o acúmulo de restos alimentares na região, dificultando a higiene e propiciando maiores riscos a infecções.
Infecções e Cáries
No caso da cárie e das infeções, ao haver contaminação ou necrose do nervo a extração faz-se necessária. Infecções e cáries podem comprometer ligamentos, dentes e até ossos, tornando a parte afetada irrecuperável.
As gengivites também pode afetar fibras e ligamentos periodontais. Se não houver um cuidado rápido e adequado, podem evoluir para uma periodontite, causando queda dos dentes, formação de pus e até endocardite bacteriana.
A extração é indicada quando a doença não pode ser mais controlada com medicamentos. Com uma remoção feita no tempo certo, paciente consegue manter a qualidade óssea para, no futuro, colocar uma prótese ou implante.
Traumas
No caso da “avulsão” (quando o dente cai por inteiro, geralmente decorrente de grandes traumas) é possível reimplantar o dento no local desde que alguns fatores sejam respeitados, como por exemplo: armazenamento com a devida higiene e agilidade no implante.
Acidentes e outros fatores que impliquem na quebra, fratura ou remoção de dentes podem fatalmente acontecer, devendo ser rapidamente verificados, principalmente em crianças onde o reimplante é contraindicado.
Por que é importante extrair um dente?
A extração dental é vital em diversos casos, para evitar problemas mais sérios, como por exemplo, a formação de cistos, tumores e infecções.
Nos casos de dentes do siso, é interessante extrair quando eles causam algum impacto à arcada, causando dentes tortos ou prejudicando a mordida.
Como qualquer procedimento odontológico, a exodontia deve ser realizada apenas com orientação profissional.
Contraindicações na exodontia
Mesmo no caso de dentes inflamados ou infeccionados, na maioria das vezes, a extração dos dentes não tem contraindicação se o procedimento for realizado com segurança.
É também viável e até, por vezes, indicado a extração de dente na gestação, pois se existe algum dente com infeção, isso pode afetar a saúde da grávida ou do feto. Existem, contudo, referências para que esse procedimento seja efetuado apenas após os três primeiros meses de gestação.
A situações bem específicas em que o profissional deve pensar duas vezes se for optar pela extração, e aqui vão elas:
- Pacientes que estejam a ser submetidos a tratamentos de radioterapia e/ou quimioterapia ou que os tenham terminado há menos de meio ano;
- Pessoas diabéticas não compensadas;
- Pessoas imunocomprometidas;
- Doenças hemorrágicas sem prévio controlo;
- Leucemia ou anemias graves;
- Certas doenças, como a sífilis e a tuberculose, por exemplo, quando não devidamente acompanhadas e controladas.
Outra situação em que devemos ter cautela ao optar pela extração, embora bem menos relevante, mas também a ter em conta, é o caso da extração de dente com abcesso. Como precaução à prescrição prévia de antibióticos para controlo da infeção faz-se, geralmente, necessária.
No caso de pessoas anticoaguladas, poderão ter que suspender a medicação por um período indicado pelo médico ou substituir por anticoagulantes de baixo peso molecular (normalmente injeções subcutâneas) para evitar ou diminuir o risco de sangramento pós-extração.